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Cinco Horizontes

Porque é importante não ter só um

Cinco Horizontes

Citação (1)

"I know it is coming, and I do not fear it, because I believe there is nothing on the other side of death to fear. I hope to be spared as much pain as possible on the approach path. I was perfectly content before I was born, and I think of death as the same state. I am grateful for the gifts of intelligence, love, wonder and laughter. You can't say it wasn't interesting. My lifetime's memories are what I have brought home from the trip. I will require them for eternity no more than that little souvenir of the Eiffel Tower I brought home from Paris." - Roger Ebert

 

Minimalismo

 

O minimalismo descreve movimentos em várias formas de arte e design, especialmente arte visual e música, onde a obra tem como objetivo expôr a essência ou a identidade de um sujeito através da eliminiação de todas as formas, características ou conceitos não essenciais. O minimalismo é qualquer design ou estilo no qual os elementos mais simples e em menor número são usados para criar o máximo efeito. (in wikipedia, tradução minha).

 
Como eu não sou muito dada a artes, o minimalismo interessa-me basicamente como modo de estar na vida e como ajuda para ter outro tipo de casa. Na verdade, tenho lido algumas coisas sobre o assunto (especialmente em blogues como o The Busy Woman and the Stripy Cat) e percebi que, para mim, faz todo o sentido. 
 
Não é fácil mudar a filosofia do "ter". Ter porque sim. Quando se é criado com a ideia do "para casa, até pedras levo", é um pouco difícil começar a questionar por que raio guardamos determinado objeto há anos a fio sem lhe darmos qualquer utilidade. É claro que existem objetos sem utilidade que merecem ser guardados porque têm um valor sentimental, mas porquê guardar um carregador de um telemóvel que passou de moda ou que se avariou, só porque pensamos que um dia pode vir a ser útil para qualquer efeito que não conseguimos imaginar? Porquê guardar uma camisola que comprámos mas da qual nunca gostámos muito e não vestimos? Porque é que acumulamos coisas que não nos são úteis, quando esse espaço poderia ser aproveitado de forma mais eficaz? 
 
Foi este tipo de questões que comecei a colocar a mim própria. Comecei a questionar as coisas, a "destralhar" e a perceber que este processo me faz sentir bem. Deitar fora ou dar coisas que já não me fazem falta para nada, mas antes disso interiorizar que elas de facto não me fazem falta, que já retirei delas o que precisava.
 
E depois de "destralhar" objetos, há-de seguir-se um dia o "destralhar" da mente. O ruído da informação, o ritmo frenético da Internet, a necessidade constante do estar a par, do stressar quando não se está. Desligar e respirar. É isso que quero ser capaz de fazer um dia, de forma natural.